Apresentação¶

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Vivemos imersos nas maravilhas das mudanças provocadas pelo uso das tecnologias digitais em todos os aspectos da sociedade, contudo necessitamos constantemente buscar e ampliar competências para o estudo e prática ética da facilitação do aprendizado através das tecnologias educacionais. Nesse contexto, as tecnologias educacionais formam o meio e não o fim do processo educativo, sendo companheira no processo de ensino e aprendizagem. Numa visão macro, a partir de um nó inicial de uma rede rica e complexa, as tecnologias educacionais e-, m-, u-, gamificados ou não, com seus estilos e perfis, compõem um ou vários mosaicos, em que o nó final sempre persiste no resultado maior que é a aprendizagem.

Nesse sentido, esta obra tem como objetivo apresentar aos leitores das tecnologias educacionais contemporâneas suas reflexões e construtos de autores e colaboradores de diferentes instituições que possam ampliar e potencializar as tecnologias educacionais em suas vivências. Através do Grupo de Tecnologias Educacionais, Robótica e Física (G-TERF) e suas relações com instituições parceiras, tais como: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Universidade Aberta de Portugal (UAb), Universidade de Coimbra (UC), Universidade Estadual Santa Cruz (UESC), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), instituições que atuam constantemente na reflexão e construção de Tecnologias Educacionais no contexto atual da educação e política no Brasil.

Como capítulo inicial as professoras Lynn Alves, Velda Torres e Isa Neves nos apresentam o texto "Mobile learning e gamificação -- reflexões sobre espaços de aprendizagem mais lúdicos e interativos", que potencializa a utilização de dispositivos móveis nos espaços escolares apontando estratégias gamificadas como possibilidades pedagógicas que não limitam o espaço de aprendizagem formal.

No capítulo segundo, denominado "Aplicativo Quick voice: uma ferramenta de acessibilidade para deficientes visuais" os autores Ariston de Lima Cardoso, Adilson Gomes dos Santos e Eniel Espírito Santo, apresentam uma ferramenta m-learning com o intuito da inclusão social e do ambiente educacional que promove à acessibilidade das pessoas com deficiência visual.

Em continuação, os autores portugueses J. António Moreira e Sara Dias-Trindade apresentam o texto "Tablets e o instinto nômade do estudante da era digital" retratando o mundo cada vez mais ubíquo, multimodal e híbrido que enriquece a educação do século XXI.

No capítulo 4, os autores Leandro Sodré Barreto, Ariston de Lima Cardoso, Genilson Ribeiro de Melo, apresentam "m-Labs: Laboratórios de física em dispositivos móveis" que traz a luz a possibilidade de experimentos científicos híbridos com a utilização de smartphones.

"Cenários de aprendizagem à la carte: contemplação dos estilos de aprendizagem para uma aprendizagem colaborativa invertida" elaborado pelas autoras Josivania Maria Alves de Freitas, Maria Auxiliadora Soares Padilha, Daniela Melaré Vieira Barros, compõem o capítulo 5 e reflete sobre estilos de aprendizagem construídos numa abordagem colaborativa invertida dentro de um espaço educacional.

No capítulo 6, os autores Eniel do Espírito Santo, Clairton Quintela Soares e José Vitor Araújo Rosa Ribeiro, apresentam a "Mediação Pedagógica EAD: Uma Análise na Perspectiva das Práticas Tutoriais'', resultados de uma investigação de práticas tutoriais realizada com sessenta tutores atuantes em EaD revelando categorias de mediação pedagógicas online.

Para o capítulo 7, ocorre o relato de práticas pedagógicas desenvolvidas pelo Pibid nas escolas públicas potencializadas pela Web 2.0 para bolsistas graduandos do curso de Pedagogia, assinadas pelas autoras Simone Lucena, Arlene Araújo Domingues Oliveira e Sandra Virgínia Correia de Andrade Santos com o título: ''Culturas Digitais na Formação Docente: Uma Ex- periência com o PIBID/Pedagogia''.

O capítulo intitulado ''Autoriais Colaborativas via Aplicativos em Rede: APP - Docência em Atos de Currículo'', escrito por Wallace Almeida, Edméa Oliveira dos Santos e Felipe da Silva Ponte de Carvalho, descreve o relato de pesquisa objetivado em compreender os usos que praticantes fazem com o aplicativo de realidade aumentada para dispositivos móveis em atos de currículo, em especial para a disciplina Informática na Educação.

A estimada professora Luzineide Miranda Borges apresenta os fios dos saberesfazeres construídos nos terreiros para tecer, cozer, unir e juntar o nó e nós que formam redes cotidianas que intercruzam, linkam e aproximam as nossas vivências no capítulo final, ''Educação e Cibercultura: O Ativismo Digital da Juventude de Terreiro de Candomblé''.

As reflexões, delineadas nessa obra, sobre as potencialidades e contemporaneidades das Tecnologias Educacionais, orientam o leitor para novos olhares, bem como o convidam para repensar a complexa e emocionante relação de ensino e aprendizagem nos tempos atuais.