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Prefácio

Legenda

É com muito prazer e pensando o futuro da nossa instituição que apresentamos este primeiro esforço da Superintendência de Educação a Distância (SEAD) da UFRB - um modelo pedagógico para orientar aqueles envolvidos com o uso de tecnologias no campo da educação superior.

Sem a pretensão de ser exaustivo, esse material debruça-se sobre questões e providências que fazem parte da ação pedagógica não presencial sendo, ao mesmo tempo, um instrumento de trabalho que resulta da prática e do investimento teórico da SEAD e um convite para sua própria e contínua renovação.

A UFRB tem, diante de si, uma tarefa de grande porte que é a de aproximar e incluir um contingente significativo de jovens e adultos da região do Recôncavo ainda sem acesso ao ensino superior público. Na estimativa que fez para 2017, o IBGE calcula que a Bahia tem 2.631.643 jovens entre 15 e 24 anos e que o Recôncavo Baiano, que reúne 35 municípios, possui 218.435 jovens entre 15-24 anos, divididos em 81.435 (20-24 anos) e 137.294 (15-19 anos) cuja parcela incluída no ensino superior é ainda difícil de calcular mas que, certamente, está longe do desejável. Mas devemos considerar que o deslocamento e a instalação de um jovem de origem pobre em outra cidade pode, efetivamente, constituir-se um obstáculo difícil de transpor, o que alimenta a cadeia da desigualdade que, do nível econômico, transforma-se, facilmente, em desigualdade educacional.

O acesso digital à educação de qualidade se constitui, assim, como ampliação possível de horizontes pelo alcance que pode ter e pelo cuidado com os aspectos propriamente pedagógicos que a antecipação na elaboração de aulas e as estratégias de avaliação acrescentam à opção educacional a distância. Sem contar que a digitalização permite a criação de um acervo permanente de formações sempre passível de acesso e/ou eventual atualização.

A Lição, recorrendo a Barthes, que se apaga finda a classe, no caso da opção EaD, permanece, constituindo-se em legado para o futuro. Acrescento ainda as inúmeras possibilidades de formação ao longo da vida tanto no âmbito formal quanto existencial que exigem maior atenção das instituições de ensino público e que podem alcançar segmentos que podem se beneficiar de projetos específicos de caráter extensionista como a educação fundamental, a formação de professores, técnicos e de líderes comunitários, o enriquecimento cultural de idosos e aposentados ou ainda, sempre na ordem do dia, a aprendizagem de línguas estrangeiras e tantos outros conhecimentos especializados solicitados pelo mundo do trabalho.

Esperamos que tanto a comunidade interna quanto a externa usufrua dessa iniciativa pretensiosa que aposta no futuro da aliança entre a educação e as tecnologias da informação.

Georgina Gonçalves dos Santos

Vice-Reitora da UFRB