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OBJETOS DE APRENDIZAGEM: MEDIAÇÃO NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR HÍBRIDA

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Naíola Paiva de Miranda1

Resumo

As inovações tecnológicas têm desafiado as instituições educacionais a tomar novos rumos que direcionem a prática pedagógica. Considera-se, portanto que a escolha pela discussão da temática sobre objetos de aprendizagem: mediação nas práticas pedagógicas da educação superior híbrida deu-se a partir do curso de Especialização em Tecnologias e Educação aberta e Digital, com os estudos sobre a mediação de objeto de aprendizagem, visto ser um assunto pouco explorado nesse nível de educação. O percurso metodológico com abordagem qualitativa e pesquisa exploratória, através de revisão bibliográfica teve base nos aportes teóricos em Tebar (2011) e Hirumi (2013). Questiona sobre a educação híbrida que é um desafio que instiga a prática pedagógica às indagações: como ensinar? Com que ensinar? Como o aluno vai acessar para aprender? Que recursos utilizar? Objetiva analisar a mediação de objetos de aprendizagem na prática pedagógica da educação superior hibrida. O estudo contribuiu para a aprendizagem sobre objeto de aprendizagem, fundamentos da mediação, mediação pedagógica e mediação tecnológica como estratégia didática em três níveis de interação como pilares na educação híbrida. A pesquisa demonstrou que ainda há campo de investigação a ser desvelado, em relação ao uso do objeto de aprendizagem como ferramenta, na educação híbrida.

Palavras chave: Educação híbrida. Interação. Mediação. Objeto de aprendizagem.

1. Introdução

As inovações tecnológicas têm desafiado as instituições educacionais a tomar novos rumos que direcionam para o uso de objetos de aprendizagem na mediação da prática pedagógica no ambiente virtual de aprendizagem (AVA).

Considera-se, portanto que a escolha pela discussão da temática deu-se a partir do curso de Especialização em Tecnologias e Educação aberta e Digital, nos estudos da disciplina ambientes virtuais de aprendizagem e por ocasião da atividade sobre objeto de aprendizagem, que motivou o aprofundamento nos estudos sobre a mediação de objeto de aprendizagem nas práticas pedagógicas na educação superior híbrida, visto ser um estudo pouco explorado nesse nível de educação e pela necessidade de construir conhecimento nessa abordagem da educação híbrida.

Ademais, o estudo sobre a temática - objetos de aprendizagem: mediação nas práticas pedagógicas da educação superior híbrida encontra-se em Tebar (2011) sobre a mediação que articula a interação em Hirumi (2013). Questionar sobre a educação híbrida é um desafio que instiga a prática pedagógica às indagações em: como ensinar? Com que ensinar? Como o aluno vai acessar para aprender? Que recursos, meios utilizar? Estas indagações descortinam possiblidades que são ocasionadas pelo uso de ferramentas, dispositivos móveis, aplicativos que se constituem como objetos de aprendizagem.

Observam-se ainda situações de desafios que são oriundas de algumas reações que revelam resistências por parte dos professores em não aceitar o uso das tecnologias, situação de medo em ser substituído pela máquina, falta de vontade para encarar as mudanças e de formação específica para mediar com eficácia e eficiência o processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos nas disciplinas ensinadas.

Concebe-se que o estudo tem como objetivos: Analisar a mediação de objetos de aprendizagem na prática pedagógica da educação superior hibrida e especificamente, apresentar fundamentos da educação híbrida e mediação; explicar o objeto de aprendizagem e conhecer os níveis interativos na mediação de objetos de aprendizagem na prática pedagógica da educação superior híbrida.

O percurso metodológico foi delineado pela abordagem qualitativa, com base nos objetivos, a pesquisa exploratória. A revisão bibliográfica teve como critérios de inclusão: os estudos científicos publicados entre os anos de 2011 a 2018; que apresentaram os descritores em educação híbrida, mediação e interação.

A produção do estudo, quanto aos procedimentos, na revisão de literatura seguiram as etapas essenciais tais como : ''1) escolha do tema; 2) levantamento bibliográfico preliminar; 3) formulação do problema; 4) elaboração do plano provisório do assunto; 5) busca das fontes; 6) leitura do material; 7) fichamento; 8) organização lógica do assunto; 9) redação do texto.'' (PRODANOV, 2013, p.55). Com base nas etapas citadas, o trabalho foi desenvolvido através da identificação das fontes bibliográficas, adotado para o estudo: objetos de aprendizagem: mediação nas práticas pedagógicas da educação superior híbrida.

2. Educação híbrida e a Mediação na Prática Pedagógica

A ruptura causada pelo paradigma emergente desafia a educação superior a uma mudança de postura na prática pedagógica, no uso de tecnologias nas atividades de aprendizagem com a inserção da educação híbrida e indaga-se o que vem a ser o termo híbrido para a instituição educacional contemporânea.

Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. Esse processo, agora, com a mobilidade e a conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: é um ecossistema mais aberto e criativo.[...]. (Moran e Bacich 2015, p. 27)

As concepções dos autores citados refletem a multiplicidade de situações que se pode fazer educação, que não é novidade, o uso do termo quando diz ''a educação sempre foi misturada''. Entretanto a ação do termo dentro de um ecossistema de aprendizagem direciona a prática pedagógica a desafios para utilizar novas estratégias para a aprendizagem do aluno.

Quando os autores (Moran e Bacich 2015, p.27) asseguram que o processo híbrido ''[...] é um ecossistema mais aberto e criativo'', ''dão a entender na possibilidade de formação de ecossistemas digitais de aprendizagem dinâmicos''. Dessa forma deixam de ser meros expectadores, antes se assumindo como produtores de conhecimento, e não só para aquele momento que estão cursando a disciplina, mas em todas as áreas de sua vida e em toda a vida.

Acrescenta ainda Moran (2015, p. 28) que o ''híbrido também é a articulação de processo de ensino e aprendizagem mais formais com aqueles informais de educação aberta e em rede. Implica misturar e integrar áreas profissionais e alunos diferentes em espaços e tempos distintos'', assim se observa o surgimento de desafios, mas com a possiblidade de haver a diversificação na mediação da prática pedagógica e o compartilhamento de saberes com áreas distintas.

As considerações de Moreira (2018) evidenciam a objetivação da educação híbrida na prática pedagógica, a sensibilidade de formar a consciência digital e a cultura digital no aluno com qualidade através da mediação com o uso de objetos de aprendizagem.

3 Objeto de aprendizagem: Aspectos Conceituais e Históricos

O uso do objeto de aprendizagem (OA) na educação teve a sua origem desde os anos de 1990. O termo objeto de aprendizagem teve como seu autor Wayne que desde 1994 nomeou o seu grupo de trabalho de ''Learning Architectures and Learning Objects''.

Devido ao desenvolvimento do estudo sobre objeto de aprendizagem surgiram várias teorias de forma que o conceito de objeto de aprendizagem em Wiley (2000, p.7) que ''[...] qualquer coisa que possa ser entregue através da rede, grande ou pequena, sob demanda''. O NUTED/UFRGS (2015, p.1) admite que:

Objeto de Aprendizagem é qualquer recurso digital como, por exemplo: textos, animação, vídeos, imagens, aplicações, páginas Web em combinação que destinam-se a apoiar o aluno no processo de aprendizagem. São recursos digitais modulares, usados para a apoiar a aprendizagem presencial e à distância.[...].

Percebe-se que o aspecto conceitual de objeto de aprendizagem, aponta para o uso na educação de forma presencial e a distância, que a junção dessas formas se dá a educação híbrida. Dessa forma verifica-se a diversificação de ferramentas, metodologias e estratégias didáticas que se queira utilizar nos níveis da educação quer seja na educação básica e na educação superior e nas diversas modalidades de educação (LDB 9394/1996).

3.1 Objetos de aprendizagem: Características e Tipos

O Objeto de aprendizagem possui características que lhe são específicas contextualiza Silva (2011) quando cita quatro características que se constituem fundamentais a saber: a acessibilidade, reutilização, durabilidade e interoperabilidade.

O objeto de aprendizagem possui as características inerentes, mas se destaca por suas qualidades que apresentam o grau de diferença para cada tipo de objeto de aprendizagem. Observa-se que as características e os tipos do objeto de aprendizagem influenciam diretamente na utilização, usabilidade e no desenvolvimento da mediação na prática pedagógica.

3.2 Objetos de aprendizagem: Fundamentos da Mediação

O termo mediação se constitui polissêmico, pois tem sido utilizado em várias áreas do conhecimento, mormente na área jurídica. Na área da educação Tebar (2011, p.74) diz que ''a mediação tem o objetivo de construir habilidades no sujeito a fim de promover a sua plena autonomia''. se porta como uma teoria que tem ação integradora, que atua no processo de ensino-aprendizagem.

Observam-se as limitações quanto à escassez de literatura basilar sobre mediação online. Pesquisas voltadas para o eixo da aprendizagem e docência online ressignificam essa ação que se constitui como nova estratégia para a prática pedagógica na educação digital. Dias (2014, p.6) considera a ''mediação como um processo conversacional sustentado nas práticas de participação ativa e colaborativa nas aprendizagens em rede''. Assim, se pode contextualizar como parte integrante da mediação online nesse processo conversacional na usabilidade do objeto de aprendizagem a mediação pedagógica e a mediação tecnológica.

Frisa-se que as pedagogias emergentes que estão surgindo no século 21 impulsionam a ter um novo modelo na prática pedagógica. Sendo assim, Dias (2014, p.6) contextualiza sobre a mediação pedagógica que contribui para ''o desenvolvimento individual e colaborativo na educação para o conhecimento em rede''. Esse conhecimento em rede é viabilizado através de objetos de aprendizagem através de texto, som e imagem.

Assim, a mediação pedagógica pode se realizar de várias formas na educação híbrida que pode ser realizada na educação presencial através de atividades síncronas como é caso do chat ou atividades assíncronas, que se pode utilizar o fórum como a sala de aula online. Corrobora Dias (2014, p.7) que a mediação tecnológica ``incide, em particular, na expansão dos processos de comunicação e acesso aos modelos de transmissão da e-informação''.

Na utilização desses modelos de transmissão, que são realizados através de objetos de aprendizagem (Merinho e Osório, 2007) citam o modelo de transmissão de e-moderating de Salmon (2000) que se estrutura em cinco etapas, a saber: a motivação, a socialização, a troca de informação, a construção do conhecimento e a do desenvolvimento, para implementar as atividades de acesso do mediador e seus alunos.

Verifica-se que o modelo apresentado corrobora em todas as etapas para a objetivação da flexibilidade da aprendizagem do aluno e a mediação na educação híbrida, assim como para a interação na usabilidade do objeto de aprendizagem.

3.3 Objetos de aprendizagem: Fundamentos da Interação

A teoria da interação encontra-se nos estudos de Hirumi (2007, p.10) com a discussão de três níveis de interação, a saber: Nível 1 destaca as interações internas do aluno; o nível II, o aluno interface e as interações humanas e não humanas; Nível III- Interações aluno-interação.

O nível 1 destaca que ''as interações internas aos alunos consistem nos processos mentais que constituem a aprendizagem e os processos metacognitivos que ajudam os indivíduos a monitorar e regular a sua aprendizagem'' (Hirumi,2007, p.11). Esse é o momento do aluno consigo mesmo, da sua autoconstrução e auto avaliação.

O autor aborda no nível 2, as interações humanas, nas quais ocorrem as relações: aluno-professor; aluno-aluno e aluno-outras interações humanas, estas interações são ocasionadas pela presencialidade.Dessa forma promove nas interações humanas a motivação de sentir o outro, e fazer a leitura do que o outro repassa em suas reflexões compartilhadas.(Pretti,2009).

Vale ressaltar que Moreira (2018, p.84) diz que ''a pedagogia 2.0 apresenta-se como arte ou ciência de ensinar com ferramentas da web 2.0 e assenta três elementos: participação, personalização da experiência e produtividade''. Pode- se então refletir que na participação no AVA, as comunidades virtuais são instituídas em um ecossistema que gera aprendizagem. Estas relações não são lineares, são colaborativas, integradas, construídas, enriquecidas pela troca de saberes, que o aluno garante a sua presença no AVA, e este com autonomia regula a sua aprendizagem, desenvolve os processos metacognitivos e gerencia a sua aprendizagem.

O autor aponta ainda no nível 2 as interações não humanas, a saber: aluno-conteúdo; aluno-ferramentas e aluno-ambiente. É possível nessa interação com o conteúdo desde o momento que o aluno ler o texto e entende a mensagem, se identifica, acomoda e realiza a maturação no que o autor quer repassar para o leitor, nesse ínterim de identificação acontece a aprendizagem.

Quanto à interação com ferramentas, Hirumi (2007) comenta sobre alguns tipos de ferramentas a saber: Ferramentas de telecomunicações que compreende fóruns, e-mails e chats, estas são integradas ao ambiente virtual de aprendizagem; Ferramentas de produtividade tais como processadores de textos, planilhas de bancos de dados.

Sobre a interação com o ambiente, Hirumi (2007), aponta para a aprendizagem experiencial quando o aluno sai do ambiente virtual e vai para a pesquisa de campo, reconhecer o território de sua aprendizagem, os limites humanos que podem se transformar em aprendizagem ou complementar a aprendizagem que já concebeu no campo virtual, ou até pode ocorrer em sair da sua ferramenta e consultar outras ferramentas adquirindo novas aprendizagens, nova personalização de experiências na cultura digital..

O autor aborda ainda o nível 3, no qual sinaliza as interações aluno-instrução. Neste nível Hirumi (2007), considera como metanivel de interação, momento em que o aluno recebe procedimentos instrucionais para proceder à seleção de ferramentas com o uso de pesquisas e teorias de design de objetos de aprendizagem.

As concepções de interações de Hirumi(2007) que abarcam esses níveis citados, são perceptíveis na educação digital, devido a sua abrangência que envolve a afetividade, comportamento, dialogicidade, interatividade, mobilidade, motivação, participação, presencialidade, produtividade, reflexividade, sinal de pertencimento, flexibilidade, usabilidade e ubiquidade e que podem ser utilizados na educação híbrida de uma forma organizada e planejada.

4. Considerações finais

O estudo analisou a mediação de objetos de aprendizagem na prática pedagógica da educação superior hibrida como nova estratégia didática; apresentou os fundamentos da educação híbrida na prática pedagógica, assim como os fundamentos da mediação, a mediação pedagógica e tecnológica que implicam em um novo modelo de prática pedagógica.

O estudo permitiu conhecer os níveis de interação que podem se adequar a educação híbrida, pois permite ao aluno a reconhecer que a interação é um fator preponderante para que haja aprendizagem.

A pesquisa contribuiu para a aprendizagem sobre a educação híbrida, mediação como estratégia didática, a interação como e-comunicação, mas demonstrou que ainda há um campo de investigação a ser desvelado, sobre o uso do objeto de aprendizagem como ferramenta pedagógica.

Referências

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  1. Faculdade Evangélica de Tecnologia,Ciências e Biotecnologia da CGADB-FAECAD_Rj, naiolamiranda@gmail.com